Nesta edição do programa Transmania, da rádio Transamérica Foz, Mehanna Mehanna, sócio-diretor da PHI Investimentos aborda o jeito das mulheres investirem. Será que são mais conservadoras ou mais arrojadas que os homens? Existe o chamado “toque feminino” na hora de aplicar seu dinheiro? Essas questões vieram da ouvinte Maria Antunes.
Mehanna Mehanna: Muito boa a sua pergunta para a gente debater a participação das mulheres no mercado financeiro, até para quebrarmos alguns paradigmas, alguns preconceitos porque há uma interpretação equivocada da relação da mulher com o dinheiro.
Se levantarmos algumas características comportamentais da forma como as mulheres investem, você tem razão. O toque feminino na hora de investir pode fazer com que as mulheres consigam lidar com o dinheiro melhor do que os homens.
Uma das características que podemos citar, com bases em pesquisas comportamentais e estatísticas, é que as mulheres começam a investir mais cedo. Então esse fator tempo é fundamental no retorno e no sucesso de um investimento, pois quanto antes você começar, melhor.
Tem até uma frase de Warren Buffett, o maior investidor do mundo, que diz que ele começou a investir com 11 anos e que ele se arrepende de não ter começado mais cedo. Então, as mulheres começam a investir mais cedo que os homens, o que remete a uma maior preocupação com o futuro, com o planejamento da família, com o futuro dos filhos e com a própria aposentadoria e isso é muito vantajoso.
Arrojadas ou conservadoras?
Nas pesquisas, é possível observar que as mulheres tendem a ser mais conservadoras do que os homens e os principais investimentos selecionados por elas são a renda fixa em primeiro lugar, seguidos de investimentos imobiliários.
As mulheres preferem investir no que elas entendem profundamente. São mais detalhistas e naturalmente observam e analisam melhor antes de tomar uma decisão. Isso, também, remete a esse perfil mais conservador e mais paciente, ou seja, ela não toma um risco que não conhece.
Já os homens, costumam ser mais impulsivos nesse aspecto, ficando mais expostos a prejuízos financeiros.
Apesar de a mulher ter a característica de ser mais sensitiva, ela consegue ser mais racional na tomada de decisão de investimento.
Participação no mercado em crescimento
Respondendo a tua pergunta sobre a participação das mulheres no mercado de bolsa, no mercado de ações brasileiro, como disse, elas tendem ser mais conservadoras do que os homens. Uma pesquisa realizada em 2015 mostrou que de 2002 até 2015, a participação da mulher na bolsa brasileira saltou de 17% para 24%. Vale ressaltar que nesse mesmo período, a presença dos homens na bolsa recuou de 82% para 76%.
Esse dado, em minha opinião, reflete a ascensão das mulheres no mercado de trabalho e corporativo, com um perfil em que conseguem salários maiores e cargos de liderança. Enfim, esse conceito de que o homem é o responsável pelas finanças da casa, o chefe financeiro da família, já ficou no passado.
Acho que é uma tendência natural que as mulheres continuem tendo essa grande ascensão, conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho e ocupando mais espaço como investidoras no mercado financeiro.
Espero que você aproveite essas características que jogam a seu favor. Que esse toque feminino te leve a boas decisões financeiras e que você tenha muito sucesso nos seus investimentos. Maria Antunes, muito obrigado pela sua participação.
Ouça o programa na íntegra:
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Escrito por Larissa Moutinho, jornalista MTB 6805, assessora responsável pela comunicação da PHI Investimentos. Foi editora da Revista ADVFN e jornalista da InvestMais. Pós-graduada em marketing e pós-graduanda em finanças.