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O único almoço grátis em investimentos

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Saiba mais sobre a diversificação global, uma das estratégias para carteira de investimento mais interessantes para diminuir a volatilidade e melhorar o desempenho do seu portfólio.
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Na hora de investir, você provavelmente já sabe que diversificar a classe de ativos da sua carteira é melhor do que investir tudo em uma única ação. Mas, quando você pensa em diversificar, também leva em consideração opções de outros países?

Realizar investimentos globais é uma das estratégias para carteira de investimento mais interessantes que existem. Afinal, essa é uma ótima forma de diminuir a volatilidade e ainda aumentar as chances de retorno.

Quer saber mais sobre o assunto? Nós vamos te dar todos os detalhes a seguir.

O problema de investir em um único país

A grande maioria dos investidores dão preferência para investimentos de seus próprios países, especialmente no que diz respeito às ações. Essa não é uma prática problemática para investidores norte-americanos, por exemplo, que tem um mercado de ações diversificado, com diferentes tipos de ativos, em diversos setores econômicos. Sem falar que a bolsa americana também representa boa parte do mercado de ações mundial.

Mas o fato de investir apenas no país de origem é, ou ao menos deveria ser, um problema para investidores cujo país de origem conta com pequenos mercados de ações. Um exemplo disso é o Canadá, onde os mercados e as ações são concentradas apenas em poucos setores econômicos.

Nesse momento, você pode estar se perguntando: o que isso tem a ver com “almoço grátis”, título desse nosso artigo? A diversificação pode ser considerada o único “almoço grátis” nos investimentos, pois ao optar por essas estratégias para carteira de investimento, os investidores reduzem os riscos e aumentam a oportunidade de melhorar os rendimentos.

Imagine a seguinte situação:

Imagine que o retorno de uma carteira está flutuando de -15% a 25%. Isso leva a um retorno médio de 5%. Com o passar do tempo, a taxa composta ficará em torno de 3,1%.

Agora suponha que, ao diversificar, o investidor consiga criar um portfólio cujo rendimento seja entre -5% e 15%. Apesar do retorno médio dessa carteira também ser de 5%, a taxa composta de retorno será de aproximadamente 4,5%.

Isso comprova que se duas carteiras possuem o mesmo retorno médio, a que possui menor volatilidade apresenta um desempenho melhor. Ou seja: toda oportunidade de reduzir a volatilidade, sem que seja necessário diminuir o retorno médio, deve ser aproveitada.

Mas por que a diversificação diminui a volatilidade?

A resposta para essa pergunta é uma só: porque diferentes mercados e classes de ativos não se movem paralelamente. Para que você compreenda o que isso significa na prática, vamos te dar como exemplo os mercados de ações dos EUA e do Canadá.

Apesar de ambas as economias estarem interligadas, os mercados de ações são bastante distintos.

Enquanto uma correlação dos retornos mensais dos principais índices dos países representaria movimentos iguais, se tivesse 1,0 como resultado, o cálculo da correlação entre janeiro de 1988 e abril de 2014 ofereceu um resultado diferente. A correlação dos retornos mensais do Índice S&P/TSX Composite (canadense) e do Índice S&P 500 (norte-americado) apresentou um resultado de aproximadamente 0,6.

Nesse período, o S&P/TSX Composite teve um desvio padrão anual de aproximadamente 14,4%. Em compensação, o S&P 500 teve um desvio padrão de 12,9%. Uma combinação de 50 a 50 desses índices, rebalanceada mensalmente, resultaria em um desvio padrão de aproximadamente 12,2%, que já é menor que os dois índices sozinhos.

Vale ressaltar que todos os exemplos de retornos de índices de ações estrangeiras utilizados aqui, foram convertidos para dólar canadense.

Opções fora da América do Norte

É claro que os EUA e o Canadá são dois países da América do Norte, com mercados desenvolvidos. Sendo assim, para realmente obter uma diversificação global, é necessário incluir mercados da Ásia e Europa.

O MSCI EAFE Index provavelmente é a representação mais popular de mercados desenvolvidos fora da América do Norte. Inclusive, a sigla EAFE diz respeito à “Europa, Australásia e Extremo Oriente”. Ou seja, esse índice também inclui Austrália e Nova Zelândia.

Quem deseja utilizar essas estratégias para carteira de investimento, precisa saber que os fundos de índice e ETFs baseados em EAFE são as formas mais simples de expor sua carteira a esses mercados. Outra alternativa é investir em um fundo gerido ativamente, que tenha esse índice como referência.

No que diz respeito aos números, ao analisar o mesmo período de janeiro de 1988 a abril de 2014, os retornos mensais do Índice MSCI EAFE apresentaram um desvio padrão de aproximadamente 15,1. Esse resultado é maior do que o S&P/TSX Composite e do que o S&P 500, mostrados anteriormente. Já sua correlação com eles foi de 0,55 e 0,63, respectivamente.

Não esqueça dos países emergentes?

Uma das estratégias para carteira de investimento é também explorar países com mercados emergentes. Da mesma forma que ocorre com a EAFE, a exposição a mercados emergentes pode ser garantida com investimentos em ETFs que seguem outros índices. Além disso, os fundos gerenciados de forma ativa e que são comparados a um índice de um mercado emergente, também são uma opção.

Um exemplo disso é o MSCI Emerging Markets Index, que inclui países da América Latina, Ásia e Europa. De janeiro de 1988 a abril de 2014, o índice teve um desvio padrão anualizado de aproximadamente 20,7%, um valor maior do que os índices de mercados desenvolvidos, analisados anteriormente.

Mas, a correlação dos retornos desse índice com os retornos dos índices de mercados desenvolvidos é baixa. Veja as comparações a seguir:

  • MSCI Emerging Markets Index com S&P/TSX Composite: 0,62
  • MSCI Emerging Markets Index com S&P 500: 0,53
  • MSCI Emerging Markets Index com MSCI EAFE: 0,58

Isso significa que, mesmo que a combinação de índices de mercados emergentes com os índices de mercados desenvolvidos possa aumentar a volatilidade, o impacto real pode ser pequeno.

Comparação de carteiras

Como o nosso objetivo é falar sobre diferentes estratégias para carteira de investimento, não poderíamos deixar de analisar a diversificação global na prática.

Se considerarmos uma carteira rebalanceada mensalmente, composta por:

  • 40% no S&P 500;
  • 40% no S&T/TSX Composite;
  • 20% nos índices MSCI EAFE.

O resultado do desvio padrão é de aproximadamente 12%, valor menor do que os outros índices isolados.

Já, em uma carteira rebalanceada mensalmente, composta por:

  • 40% no S&P/TSX Composite;
  • 40% no S&P 500;
  • 15% no MSCI EAFE;
  • 5% nos índices de mercados emergentes do MSCI;

O desvio padrão é de 12,1%, que é somente ligeiramente maior do que o portfólio apresentado anteriormente.

Vale ressaltar que o propósito dessa análise éverificar de que forma a exposição a diferentes mercados de ações pode afetar a volatilidade nos investimentos. Mas, diminuir a volatilidade não é o único objetivo das estratégias para carteira de investimento.

O desempenho do portfólio também é muito importante. Sendo assim, se você acredita que mercados emergentes superarão os desenvolvidos no longo prazo, faz sentido que a sua carteira tenha uma exposição a eles, mesmo que a volatilidade aumente um pouco.

Como você pôde perceber, existem inúmeras estratégias para carteira de investimento diferentes. E usar tanto a diversificação global, quanto a diversificação entre classes de ativos é uma das melhores formas de proteger seu patrimônio e alcançar melhores resultados.

E se você deseja saber como fazer isso na prática, não deixe de se inscrever no Curso de Investidores da Phi. Nele você vai aprender tudo o que é preciso para investir estrategicamente. Clique aqui e garanta sua vaga.

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