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Renda Variável: Entendendo o Potencial de Retorno
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Para investidores mais experientes, ou para aqueles que gostam de correr mais riscos, na espera de retornos maiores, a renda variável é uma alternativa interessante. Diferentemente da renda fixa, a renda variável não tem uma rentabilidade prevista, está sujeita às flutuações do mercado. Alguns tipos de investimento em renda variável que conheceremos a seguir são: ações, ETFs, BDRs, FIIs, Criptomoedas.
Como funciona a Renda Variável
Esse tipo de investimento é mais adequado a horizontes de longo prazo, em que oscilações significativas não afetarão o desempenho geral da carteira. Imagine que você deseja viajar em 1 ano e, sem orientação adequada, decide aplicar suas economias em ações. No entanto, próximo à data da viagem, há uma forte baixa do mercado e suas ações estão valendo muito menos do que você pagou. Como fica a sua viagem se o dinheiro que você guardou foi, em parte, perdido?
Ações
O investidor em ações é sócio das empresas em que investe. Como? Basicamente, ao comprar as ações, o investidor adquire uma pequena parcela do patrimônio da empresa, e participa dos seus resultados. Assim, pode ganhar se a empresa tiver bom desempenho ou perder dinheiro se o resultado não for satisfatório. Existem dois tipos principais de ações:
- Ordinárias (ON): O cotista tem direito a voto nas Assembleias Gerais da empresa. Uma ação = um voto. Assim, quanto maior o capital investido, mais poder de decisão o acionista possui.Terminam com o número 3. Exemplos: VALE3 (Vale), PETR3 (Petrobrás), ABEV3 (Ambev) .
- Preferenciais (PN): Podem ou não dar direito a voto ao acionista. No entanto, podem dar prioridade na distribuição de dividendos ou de reembolso em caso de liquidação da empresa (encerramento das atividades). Terminam com o número 4. Exemplos: PETR4 (Petrobrás), GOLL4 (Gol).
Investindo em ações, o investidor pode obter rendimentos de duas principais formas: pela valorização dos papeis, que podem ser vendidos por um preço maior do que o preço de compra; e pela distribuição de dividendos, que representa a partilha de pelo menos 25% do lucro da empresa no período aos acionistas.
ETF’s
Os ETFs – Exchange Traded Funds, são ativos cujo objetivo é replicar o desempenho de um índice de mercado ou ativo.Por exemplo, o BOVA11 é um ETF que acompanha o IBovespa – Índice da Bolsa de Valores brasileira. Os ETFs podem ser de alguns tipos, como: de ações, renda fixa, commodities, tecnologia, energia, entre outros.
As cotas dos ETFs são negociadas em bolsa, assim como as ações. Diferentemente dos fundos de investimento tradicionais, os ETFs têm gestão passiva, ou seja, como eles replicam um índice, o gestor não toma as mesmas decisões estratégicas de um fundo tradicional. Isso costuma implicar taxas de administração mais baixas, o que pode ser vantajoso para o investidor.
Os Exchange Traded Funds são uma boa oportunidade de investimento para quem busca gestão passiva, baixos custos e diversificação. Ao investir nessa categoria, o investidor acompanha índices conhecidos do mercado e seu desempenho, o que gera maior transparência ao investidor, que conhece a estratégia e os ativos que compõem o investimento.
BDR’s
Os BDRs – Brazilian Depositary Receipts, permitem que o investidor tenha acesso ao mercado de ações americanas, de empresas com sede no exterior, mas investindo no Brasil. São negociados na B3 e permitem o acesso dos investidores brasileiros a produtos estrangeiros. Vale lembrar que, quando se compra um BDR, o investidor está exposto à variação cambial. Mesmo o ativo sendo comprado em real, o preço do papel está ligado à sua moeda natal, por isso ele pode variar com o câmbio.
FII’s
De maneira resumida, os fundos imobiliários (FIIs) permitem que você invista no mercado imobiliário, sem precisar comprar um imóvel físico. Ao investir em FIIs, você adquire cotas de um empreendimento imobiliário, como shoppings, lajes corporativas, hotéis, títulos de renda fixa, cotas de outros FIIs (Funds of Funds – FoFs). Os FIIs têm duas subdivisões: fundos de papel e fundos de tijolo.
Fundos de papel: Os fundos de papel investem em títulos de divida do mercado imobiliário, como LCAs e LCIs (emitidos por instituições financeiras), CRAs e CRIs (emitidos por empresas). Os rendimentos se dão pelos juros pagos por esses títulos. Normalmente estão atrelados a um índice, como o IPCA ou o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) – taxa de juros.
Fundos de tijolo: Investem diretamente em imóveis físicos. A renda é gerada a partir do pagamento dos aluguéis desses imóveis. Alguns exemplos são: shoppings, galpões logísticos, escritórios, etc.
Os fundos imobiliários geram renda através dos aluguéis dos imóveis e da valorização das cotas. Essa renda é distribuída aos cotistas na forma de dividendos. Ideal para quem busca renda passiva. Abrange investidores interessados em imóveis e produtos sofisticados, mas com recursos reduzidos.
Criptomoedas
Criptomoedas são moedas digitais, ou seja, não existem fisicamente como notas ou moedas. As transações são criptografadas, o que significa que os dados são transformados em um código único e indecifrável para quem não possui a chave de acesso. A tecnologia que registra todas as transações é a blockchain, tornando as informações imutáveis. Dessa forma, as transações são protegidas e transparentes.
Um grande diferencial das criptomoedas é que elas operam em redes descentralizadas, ou seja, não estão ligadas a um banco central. Assim, não necessitam de um intermediário, as transações são feitas diretamente entre investidores.
O Bitcoin, a primeira e mais conhecida criptomoeda, foi criada em 2008, após a instabilidade causada pela crise americana de 2009. O Bitcoin passou por uma forte valorização recente, o que atraiu a atenção do público geral. Até hoje, não se sabe quem é o criador do Bitcoin, mas está ligado ao pseudônimo Satoshi Nakamoto.
As criptomoedas, em geral, estão desafiando o cenário atual do sistema financeiro tradicional, impulsionando a inovação e forçando as instituições financeiras a se adaptarem a um novo cenário. Embora existam desafios a serem superados, as criptomoedas têm o potencial de transformar a forma como interagimos com o dinheiro e os serviços financeiros.
Para investidores interessados em investir em criptomoedas, mas com menor tolerância ao risco, também há oportunidades disponíveis no mercado. Existem fundos que combinam criptomoedas com investimentos mais conservadores, como a renda fixa. Dessa forma, a carteira sofre menos impactos das oscilações das criptomoedas.
Vantagens da Renda Variável
A Renda Variável tem um potencial de ganho muito maior ao ser comparada com a Renda Fixa. Isso porque os ativos pertencentes a essa categoria acompanham diretamente o comportamento do mercado, seja por meio do desempenho das empresas ou pelo desempenho de algum índice.
É importante buscar investimentos em empresas sólidas, ou com capacidade de inovação e crescimento, para que você, como investidor, se beneficie dos bons resultados. Outra vantagem é a facilidade de comprar e vender ações a qualquer momento. Nesse sentido, uma estratégia de operação que se tornou muito popular nos últimos anos é a de day trade, onde o investidor compra e vende ações no mesmo dia, com o objetivo de ganhar com oscilações diárias do preço dos papeis.
Riscos
Como nem tudo são flores, em geral, a volatilidade dos ativos de renda variável é maior do que a renda fixa. O risco atrelado às ações está diretamente ligado ao desempenho da empresa, portanto há riscos da empresa quebrar. Assim como os ganhos podem ser altos, as perdas também podem ser altas, gerando mais instabilidade para o portfólio.
Não há garantias quanto aos ativos de renda variável, por isso é tão importante entender sobre o mercado e manter um portfólio diversificado. O clichê do mercado financeiro de “não colocar todos os ovos na mesma cesta” é útil para entender a necessidade da diversificação, para que a carteira segure o patrimônio em caso de mau desempenho de algum dos ativos.
Apesar da crescente popularidade e do potencial de altos retornos, é fundamental ter muito cuidado ao investir em criptomoedas. O seu valor é altamente volátil, podendo gerar perdas significativas no curto prazo. Além disso, as criptomoedas estão na mira dos governos, que podem criar novas regras em breve, afetando o mercado e, consequentemente, os investidores.
Tributação
- Day Trade: Operações realizadas no mesmo dia, são tributadas em 20% sobre o lucro líquido, sendo 1% retido na fonte.
- Operações de até R$20.000,00 no mês: Isentas de IR
- Operações acima de R$20.000,00 no mês: Alíquota de 15% sobre o lucro líquido, sendo 0,005% retido na fonte.
- ETFs: A tributação dos ETFs de renda variável segue as mesmas regras das ações. O imposto incide sobre o lucro obtido na venda das cotas do ETF, e a alíquota é de 15%. Já os de renda fixa seguem as regras de tributação de renda fixa.
- Até 180 dias (6 meses): 22,5%
- 181 a 360 dias (6 meses a 1 ano): 20%
- 361 a 720 dias (1 a 2 anos): 17,5%
- Acima de 720 dias (2 anos): 15%
BDRs: A tributação dos BDRs costuma seguir as regras de tributação das ações, mas é necessário estar atento às regras fiscais do exterior, que podem ou não impactar a tributação do ativo.
A renda variável pode ser bem atrativa para quem gosta de uma adrenalina. No entanto, se esse não é o seu perfil, ou você ainda não sente que entendeu o suficiente sobre o assunto, talvez seja hora de pisar no freio e ir devagar. Pensando nisso, criamos o E-Book Guia de Investimentos para Iniciantes, para auxiliar o investidor iniciante a encontrar o investimento mais adequado para a sua carteira.
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Escrito por: Gabriela Nohering Assessora de Investimentos na phi
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