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Dólar fecha em R$ 5,0222, no menor patamar em mais de um ano; Ibovespa sobe

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Vitor da Costa, O GLOBO

RIO — Após fechar com alta na sexta-feira, o dólar apresentou queda firme no pregão do dia, aproximando-se do patamar dos R$5. A divisa terminou negociada a R$ 5,0222, baixa de 0,92%, renovando a mínima do ano e fechando no patamar mais baixo desde 10 de junho de 2020, quando encerrou em R$ 4,9334.

Os investidores ainda repercutem à decisão do Federal Reserve, Banco Central americano, de antecipar a alta de juros para 2023, mas de forma geral, as bolsas no exterior se recuperaram nesta segunda-feira.

O Ibovespa, por sua vez, fechou em alta, impulsionado pelo ganho de ações da Petrobras e da Vale, além de ser beneficiado pelos ventos positivos vindos dos mercados americanos. O principal índice da Bolsa de Valores fechou com alta de 0,67%, aos 129.265 pontos.

Para o sócio fundador da PHI Investimentos, Mehanna Mehanna, ainda é cedo para dizer que os investidores já digeriram a decisão do Fed. Segundo o analista, a existência de posições diferentes entre os dirigentes do banco pode estimular maior cautela entre os investidores.

Ele ainda destaca que a previsão do ciclo de altas da Selic deve atrair recursos de investidores estrangeiros, ajudando na valorização do real.

— O dólar vem trabalhando numa região de suporte de R$ 5 até R$ 5,10. O que falta para ele furar de vez esse patamar é uma clareza na política de estímulos monetários pelo mundo e avanço na agenda econômica do governo.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones teve alta de 1,76% e o S&P, de 1,40% Em Nasdaq, houve avanço de 0,79%. As bolsas americanas tinham fechado com desempenho negativo, na semana anterior, após o anúncio do Fed.

Petrobras e Eletrobras sobem

Os agentes de mercado também observam a votação na Câmara da medida provisória (MP) que abre caminho para a privatização da Eletrobras.

A medida foi aprovada na última quinta-feira, com vários elementos estranhos à proposta original presentes no texto, os chamados jabutis. Mesmo assim, a notícia fez com que as ações da companhia liderassem as altas do Ibovespa durante toda a sexta-feira.

Ela precisa ser aprovada até esta terça-feira para não caducar.

As ações da empresa seguiram a tendência de alta observada na sexta. As ordinárias (ELET3, com direito a voto) subiram 2,92% e as preferenciais (ELET6, sem direito a voto), 3,42%.

— O mercado já está animado com a expectativa de privatização. Apesar dos jabutis, a aprovação é, aparentemente, bem recebida — disse Mehanna.

A medida provisória que dá condições para que a Eletrobras seja privatizada foi aprovada hoje no Câmara, um dia antes de perder a validade.

Após abrirem com perdas, as empresas ligadas às commodities se recuperaram durante o pregão. As ordinárias da Vale (VALE3) avançaram 0,94% e as da Siderúrgica Nacional (CSNA3), 1,55%. As preferenciais da Usiminas (USIM5) tiveram alta de 0,33%

Os papéis da Petrobras subiram, influenciados pela alta do petróleo no exterior. As ordinárias (PETR3) tiveram alta de 2,09% e as preferenciais (PETR4), de 2,22%.

As ordinárias do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) subiram 7,88%, liderando as altas do dia. Segundo o colunista Lauro Jardim, o empresário Michael Klein, acionista da Via, começou a montar uma posição acionária no grupo Pão de Açúcar.

O movimento já havia sido feito pelo investidor Abílio Diniz. Klein tem interesse em comprar o GPA caso o Casino decida vender sua posição, de acordo com a coluna.

“Ativos do índice domésticos voltaram a operar em consonância com o exterior, com os setores de energia e tecnologia puxando a recuperação dos índices. O avanço e a quase certeira aprovação da MP da Eletrobrás segue produzindo algum alívio no fronte político, o que ajuda, ainda que ligeiramente, os ativos domésticos de forma geral. O CDS de cinco anos, métrica de risco-país, operou em queda ao longo da sessão”, escreveram analistas da Guide Investimentos, em relatório.

Boletim Focus: Selic a 6,5% ao final do ano

Após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) decidir pelo aumento da taxa básica de juros, na semana passada, o mercado revisou para cima sua projeção para a Selic este ano. É o que mostra o Boletim Focus, relatório semanal com as expectativas de agentes de mercado divulgadas pelo Banco Central (BC). Segundo o relatório, as projeções são de uma Selic a 6,5%, ante os 6,25% da semana anterior.

Para o término de 2022, a taxa permaneceu inalterada em 6,50%. Hoje, a Selic está em 4,25%.

O mercado também aumentou sua projeção para a inflação ao término deste ano. A taxa subiu para 5,90% ante os 5,82% do relatório anterior.

O número é acima do teto da meta do governo, que é de 5,25%. Para 2022, a taxa permaneceu em 3,78%.

As projeções para o PIB no final deste ano saltaram para 5% ante os 4,85% do último relatório. Em 2022, a expectativa é de um crescimento de 2,10% ao final do ano.

Outras bolsas

Na Europa, as bolsas fecharam com ganhos. A Bolsa de Londres subiu 0,64%. Em Frankfurt e Paris, as altas foram de 1% e 0,51%, respectivamente.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, cedeu 3,29%. Em Hong Kong, houve queda de 1,08% e, na China, alta de 0,12%.

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