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Empréstimos mais caros, desaceleração da economia e investimentos de Renda Fixa em alta são algumas das consequências do aumento da taxa Selic.
Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pelo aumento da taxa Selic pela décima vez consecutiva. Sendo assim, a taxa sai de 11,75% para 12,75%. Com esse aumento, a taxa Selic alcança o maior patamar desde abril de 2017, quando chegou a 12,25% ao ano, ou seja, esse é o maior nível em quase 5 anos.
Antes disso, a taxa básica de juros tinha se mantido no mínimo histórico de 2% ao ano. Agora, os especialistas avaliam que pode ser possível que ainda haja mais um aumento de meio ponto percentual na taxa Selic até o fim do ano, superando até as expectativas anteriores de 12,75% até o fim do ano.
O que é a taxa Selic?
Para que você compreenda as consequências do aumento da Selic, é fundamental saber o que é essa taxa. A taxa Selic, também conhecida como taxa básica de juros, serve como referência para o custo de crédito no Brasil. Isso significa que ela é usada como referência nos empréstimos entre bancos e também afeta outras taxas de juros, como financiamentos, rendimentos, etc.
Imagine a seguinte situação:
Todos os dias, os bancos precisam fechar o caixa no positivo. Mas, devido à grande quantidade de transações realizadas, nem sempre isso acontece. Para corrigir essa questão, é comum que os bancos realizem empréstimos entre eles. E qual é o valor pago por esse empréstimo? A taxa Selic.
Quando você pede um empréstimo, a Selic também é usada como referência. Porém, é uma referência mínima. Afinal, nessa conta também entram os custos, lucro do banco e riscos de inadimplência. Por essa razão, as taxas de juros do cartão de crédito, por exemplo, são tão altas.
Como a taxa Selic é definida?
A cada 45 dias, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central faz reuniões que avaliam toda a economia brasileira e a inflação. E é durante esses encontros que a taxa Selic é definida. Por isso, oito vezes por ano você vê notícias falando
sobre o aumento, a redução ou a estagnação da taxa básica de juros.
Essas mudanças são feitas para adequar a taxa Selic ao cenário econômico. Afinal, como ele nunca se mantém estável, é preciso encontrar um equilíbrio para que o dinheiro continue circulando no país.
Por que o Copom optou pelo aumento da taxa Selic?
O aumento da Selic é a principal ferramenta que o Banco Central tem para controlar a inflação. Isso significa que essa sequência de altas da taxa básica de juros são tentativas do Copom para tentar conter a alta dos preços dos últimos meses.
Só em fevereiro, a inflação subiu 1,01%. Essa é a maior variação que esse mês apresentou desde 2015. Inclusive, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou 2021 em 10%. Ou seja, o índice oficial da inflação brasileira ultrapassou o teto da meta do governo para o último ano, que era de 5,25%.
A influência da pandemia e da guerra
Nesse momento, é importante frisar que esse cenário econômico não é apenas um fenômeno brasileiro. Dentre as 11 maiores economias da América Latina, o Brasil ocupa a posição de terceira maior inflação. Mas, na Europa e nos Estados Unidos, a inflação também alcançou níveis históricos. Nos EUA, inclusive, foi registrada a maior taxa desde os anos 80.
Até fevereiro, a principal culpada por essa situação era a pandemia. Afinal, foi ela que provocou uma crise de abastecimento em todo mundo, atingindo a economia de todos os países.
Porém, o conflito entre Rússia e Ucrânia fez crescer as incertezas com relação ao cenário econômico. Com isso, o aumento dos preços já pôde ser percebido até nos serviços mais essenciais, como postos de gasolina e padarias.
Consequentemente, os economistas não estão mais tão otimistas com relação à queda da inflação. Muitos até preveem que o Banco Central aumente ainda mais a taxa de juros, para que ela fique em torno dos 13% este ano.
Quais são as projeções para o futuro?
Com esse último aumento da taxa Selic para 12,75%, a taxa chega ao patamar previsto por especialistas antes do esperado, antes, acreditava-se que a taxa chegaria a esse patamar apenas na próxima reunião. Agora, a expectativa é de que a taxa Selic ainda sofra um aumento de meio ponto percentual até o final do ano.
Vale dizer que a meta para 2022 era manter a inflação em torno de 3,5%, com 1,5 ponto de tolerância para cima ou para baixo. Mas, o mercado prevê que ela feche o ano acima dos 5%. Já para 2023, a expectativa é a mesma: uma inflação de 3,5%. Sendo que a meta será cumprida se ela oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Quais são as consequências do aumento da taxa Selic?
A taxa básica de juros faz parte do dia a dia de todo brasileiro. Mas, para que você consiga compreender o motivo das consequências do aumento da Selic, é importante fazer a seguinte comparação:
- Quanto maior a inflação:
- Fica mais caro fazer empréstimos;
- As pessoas gastam menos;
- O consumo é desestimulado;
- A economia desacelera;
- A tendência é que a inflação diminua a longo prazo.
- Quanto menor a inflação:
- Maior é o estímulo ao consumo;
- Aquece a economia;
- A população pode comprar mais.
Isso significa que o objetivo do Copom ao optar pelo aumento da Selic é que, conforme a inflação for sendo controlada, os preços baixem ou ao menos fiquem estáveis. Já que a redução no poder de compra diminui a demanda. Consequentemente, a oferta também se torna mais barata.
Sendo assim, as consequências no dia a dia do brasileiro, são:
- Empréstimos mais caros, assim como juros de crédito, parcelamento e cheque especial;
- Aumento das taxas bancárias;
- Piora no consumo da população;
- Baixa nos empregos e renda da população;
- Impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB);
- Tendência de baixa do dólar;
- Investimentos de Renda Fixa se tornam mais vantajosos, como Tesouro Direto e Renda Fixa.
Como você pôde perceber, o aumento da Selic traz grande influência no seu dia a dia. Sem falar que ele também pode alterar como e onde você investe. Se você quer saber quais são os melhores investimentos para o seu patrimônio, não perca tempo e se inscreva já no nosso Curso de Investidores.
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