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A Evolução do Dinheiro no Brasil

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Evolução do Dinheiro no Brasil

A história econômica de um país pode ser contada através de sua moeda. No Brasil, cada transição monetária não apenas reflete os desafios econômicos enfrentados em diferentes períodos, mas também as tentativas de estabilizar uma economia marcada por momentos de inflação elevada e crises financeiras. Conheça a trajetória das moedas brasileiras e como cada uma simboliza um momento único da nossa história.

Réis: A Herança Portuguesa

Réis foi a moeda oficial do Brasil desde o período colonial até 1942, atravessando momentos cruciais da nossa história, como o Império (1575 – 1889) e os primeiros anos da República (1889 – 1942). Durante esses séculos, o Réis se consolidou como um símbolo da economia nacional, mas também refletiu os desafios e as crises políticas e econômicas que o país enfrentou.

O Réis no Império do Brasil (1575 – 1889)

Com a Independência do Brasil em 1822, o Réis, herdado de Portugal, foi mantido como a moeda oficial. Durante o período imperial, o Brasil começou a emitir suas próprias cédulas e moedas metálicas, muitas delas feitas de ouro e prata, destacando-se como um dos principais meios de troca no comércio interno e internacional.

As moedas de ouro, conhecidas como “dobrões”, e as de prata, chamadas de “patacões”, eram muito valorizadas. Já o papel-moeda começou a ganhar força no Segundo Reinado, especialmente no governo de D. Pedro II, quando o Banco do Brasil passou a emitir notas mais modernas. Essas cédulas traziam imagens relacionadas à monarquia, como o brasão imperial e a efígie de D. Pedro II, reforçando a identidade do Império.

Apesar de sua estabilidade inicial, o Réis enfrentou problemas à medida que o Brasil ampliava suas importações e acumulava dívidas externas. A economia agrícola baseada no café e no açúcar, embora lucrativa, também tornava o país vulnerável às oscilações do mercado internacional.

Cédula de 500 réis com a efígie do Imperador D. Pedro II (1874-1899). Brasil Império

O Réis na República do Brasil (1889 – 1942)

Com a Proclamação da República em 1889, o Réis continuou como moeda oficial, mas suas características mudaram para refletir o novo regime. As cédulas passaram a trazer figuras que simbolizavam a República, como a efígie da Liberdade, e abandonaram os símbolos da monarquia.

No entanto, os desafios econômicos se intensificaram. O Réis foi profundamente impactado por crises internas, como as instabilidades políticas das primeiras décadas da República, e por eventos globais, como a Primeira Guerra Mundial(1914-1918) e a Grande Depressão (1929). A moeda perdeu valor ao longo do tempo devido à inflação e ao aumento das dívidas internas e externas.

Durante a Era Vargas (1930-1945), o governo buscou modernizar a economia brasileira e simplificar o sistema monetário. Em meio à crise econômica que se agravava, foi decidido que o Réis já não atendia mais às necessidades do país. Assim, em 1942, o Réis foi oficialmente substituído pelo Cruzeiro, marcando o fim de uma era monetária que durou  367 anos (1575 a 1942).

Cédula do Brasil – 1 conto de réis – 1927. Brasil República

Cruzeiro: Uma Nova Era Econômica no Brasil

Com a substituição do Réis pelo Cruzeiro, em 1942, o Brasil entrou em uma nova fase de sua história econômica. Essa mudança, ocorrida durante o governo de Getúlio Vargas, foi parte de uma ampla reforma monetária para modernizar o sistema financeiro e acompanhar o crescimento econômico global em meio à Segunda Guerra Mundial. O Cruzeiro marcou o início de um novo capítulo, mas, como as moedas que o antecederam, também enfrentou os desafios de crises e transformações políticas.

O Primeiro Cruzeiro (1942 – 1967): Uma Moeda de Modernização

Cruzeiro substituiu o Réis na proporção de 1 Cruzeiro = 1.000 Réis, simplificando os valores monetários e adaptando o Brasil às exigências de uma economia em expansão. Durante os anos 1940 e 1950, ele acompanhou momentos de desenvolvimento, como a era de industrialização no governo Juscelino Kubitschek e a construção de Brasília.

Porém, com o passar das décadas, a moeda começou a sofrer os efeitos de uma inflação crescente. Nos anos 1960, o cenário econômico se agravou, com instabilidade política e pressões inflacionárias que corroíam o poder de compra. Isso levou à necessidade de reformular a moeda.

Cédula Cruzeiros efígie Tiradentes 1942

O Cruzeiro Novo (1967 – 1970): A Primeira Reforma Monetária

Em 1967, durante o governo militar de Castelo Branco, foi implementado o Cruzeiro Novo como uma medida temporária para conter a desvalorização da moeda e reorganizar o sistema monetário. A inflação havia atingido níveis alarmantes, e o governo decidiu “cortar zeros” para simplificar as transações financeiras. A conversão foi feita na proporção de 1 Cruzeiro Novo = 1.000 Cruzeiros antigos.

Devido ao caráter provisório da nova moeda, as cédulas do antigo Cruzeiro continuaram a circular, mas agora carimbadas com a inscrição “CRUZEIRO NOVO”. Essa medida prática refletia o caráter emergencial da reforma. O Cruzeiro Novo foi projetado como uma etapa intermediária, enquanto o governo trabalhava em políticas de estabilização econômica.

Embora tenha tido um papel importante no combate à inflação, o Cruzeiro Novo durou apenas 3 anos. Em 1970, com a economia minimamente mais controlada, ele foi descontinuado, e o Cruzeiro retornou.

Mil Cruzeiros com Carimbo 1 Cruzeiro Novo, efígie Pedro Álvares Cabral 

O Retorno do Cruzeiro (1970 – 1986): A Moeda do Milagre Econômico e da Crise

Em 1970, o Cruzeiro foi reinstaurado como moeda oficial, agora sem os três zeros que haviam sido eliminados no período do Cruzeiro Novo. Durante o governo militar, especialmente no mandato de Emílio Garrastazu Médici, o Brasil viveu o chamado “Milagre Econômico”, com altas taxas de crescimento do PIB e investimentos em infraestrutura. O Cruzeiro foi a moeda que simbolizou essa era de otimismo e progresso.

No entanto, o modelo econômico adotado pelo regime militar dependia fortemente de endividamento externo. Na década de 1980, com as crises do petróleo e o aumento das taxas de juros globais, a economia brasileira entrou em colapso. O país enfrentou uma hiperinflação, que tornou o Cruzeiro cada vez mais desvalorizado.

Cédula 1 Cruzeiro, efígie simbólica da República- 1970

A Luta Contra a Hiperinflação

Com a crescente instabilidade econômica e a hiperinflação descontrolada na década de 1980, o Brasil enfrentava desafios sem precedentes. Foi nesse contexto que, em 1986, o governo de José Sarney lançou o Cruzado, como parte do audacioso Plano Cruzado, uma tentativa de frear a alta dos preços e estabilizar a economia. No entanto, o otimismo inicial foi substituído por frustração quando o plano fracassou, e o Cruzado Novo foi criado em 1989, como uma medida emergencial para lidar com o caos inflacionário.

Cruzado (1986-1989): A Primeira Grande Reforma

Lançado em 28 de fevereiro de 1986, o Cruzado foi a primeira grande reforma monetária do Brasil na tentativa de enfrentar a hiperinflação. Ele substituiu o Cruzeiro na proporção de 1 Cruzado = 1.000 Cruzeiros, trazendo um novo sistema para simplificar as transações financeiras.

Plano Cruzado, que acompanhou a mudança de moeda, foi inovador e ousado. Ele não apenas introduziu o Cruzado, mas também congelou preços e salários, proibiu reajustes automáticos baseados na inflação (a chamada “indexação”) e aumentou o salário mínimo. Essas medidas tinham como objetivo cortar a inércia inflacionária, freando a escalada de preços que corroía o poder de compra da população.

Nos primeiros meses, o plano parecia funcionar: a inflação desacelerou, e o otimismo tomou conta do país. O governo usou esse momento para consolidar apoio político, especialmente nas eleições legislativas de 1986. No entanto, o congelamento de preços começou a apresentar falhas. A produção não acompanhou a demanda, gerando desabastecimento, especulação e um mercado paralelo de produtos, onde os preços disparavam.

Ao final de 1986, a inflação voltou com força. As tentativas de ajustes, como o lançamento do Plano Cruzado II, foram ineficazes. O Cruzado, que havia surgido como uma moeda de esperança, tornou-se sinônimo de instabilidade econômica. Ao final de 1986, a inflação voltou com força. As tentativas de ajustes, como o lançamento do Plano Cruzado II, foram ineficazes. O Cruzado, que havia surgido como uma moeda de esperança, tornou-se sinônimo de instabilidade econômica.

Cédula Cruzado, efígie Machado de Assis – 1986

Cruzado Novo (1989 – 1990): Um Remendo para o Sistema Econômico

Com o colapso do Cruzado e a hiperinflação chegando a níveis alarmantes, o governo Sarney introduziu o Cruzado Novo em 16 de janeiro de 1989, como uma moeda transitória para organizar novamente o sistema monetário. Ele substituiu o Cruzado na proporção de 1 Cruzado Novo = 1.000 Cruzados, repetindo a estratégia de “corte de zeros” usada anteriormente.

Diferentemente das reformas mais amplas do Plano Cruzado, o Cruzado Novo foi uma solução emergencial, sem grandes mudanças estruturais. A hiperinflação era tamanha que o governo decidiu carimbar as cédulas antigas do Cruzado com a inscrição “CRUZADO NOVO”, enquanto novas notas eram impressas. Essa estratégia prática foi uma medida improvisada para lidar com o caos inflacionário.

Apesar da mudança de nome e valor, o Cruzado Novo pouco conseguiu conter a inflação, que já ultrapassava os 1.700% ao ano. O período foi marcado por forte instabilidade econômica, desconfiança no governo e insatisfação popular, o que pavimentou o caminho para o fim da presidência de José Sarney e a eleição de Fernando Collor de Mello.

Em 15 de março de 1990, com a posse de Collor, o Cruzado Novo foi substituído pelo Cruzeiro, como parte do Plano Collor, que trouxe medidas drásticas, como o controverso confisco da poupança, na tentativa de frear a hiperinflação.

 100 Cruzados Novos – efígie Cecília Meireles – 1989 

Medidas Extremas e o Retorno à Instabilidade

Após o fracasso do Cruzado Novo, o Brasil mergulhou ainda mais em um cenário de hiperinflação, descrença nas políticas econômicas e instabilidade social. Foi nesse contexto que, em 15 de março de 1990, o recém-empossado presidente Fernando Collor de Mello anunciou uma nova reforma econômica, o Plano Collor, que trouxe de volta o Cruzeiro como moeda oficial, substituindo o Cruzado Novo na proporção de 1 Cruzeiro = 1 Cruzado Novo. Essa mudança marcou o início de uma das fases mais polêmicas da história econômica brasileira.

O Cruzeiro (1990 – 1993): A Moeda Marcada pelo Plano Collor

Plano Collor não foi apenas uma troca de moeda, mas uma série de medidas radicais com o objetivo de frear a inflação descontrolada, que já ultrapassava os 2.700% ao ano. Entre as ações mais controversas, destacou-se o confisco de saldos bancários e da poupança acima de 50 mil cruzados novos (agora convertidos em Cruzeiros). Essa decisão, que bloqueou os recursos financeiros de milhões de brasileiros, gerou um impacto devastador na confiança da população no sistema financeiro.

O Plano Collor também incluiu o congelamento de preços, privatizações e cortes de gastos públicos. Inicialmente, essas medidas conseguiram reduzir temporariamente a inflação, mas o alívio durou pouco. Sem uma política econômica consistente e com a perda de apoio político, a inflação voltou a disparar, corroendo novamente o valor do Cruzeiro.

Com a hiperinflação de volta e a economia em colapso, o governo Collor enfrentou uma grave crise de credibilidade que culminou em seu impeachment em 1992. O vice-presidente, Itamar Franco, assumiu a presidência e buscou alternativas para reorganizar a economia. Foi nesse cenário que surgiu o Cruzeiro Real, uma nova tentativa de estabilizar o país e preparar o terreno para mudanças mais profundas.

Cédula 500 Cruzeiros 1990 – BANCO CENTRAL DO BRASIL – efígie Augusto Ruschi

O Cruzeiro Real (1993 – 1994): A Moeda de Transição para o Plano Real

Cruzeiro Real foi introduzido em 1º de agosto de 1993, durante o governo de Itamar Franco, como uma medida transitória para reorganizar o sistema monetário e preparar o Brasil para uma reforma econômica definitiva. Ele substituiu o Cruzeiro na proporção de 1 Cruzeiro Real = 1.000 Cruzeiros, repetindo a estratégia de “corte de zeros” utilizada anteriormente.

O contexto dessa mudança era de urgência: a hiperinflação havia se tornado insustentável, e a economia brasileira precisava de uma solução definitiva. Com o Cruzeiro Real, o governo adotou uma postura mais técnica e preparatória, deixando claro que a moeda era provisória e que reformas estruturais estavam sendo elaboradas.

O Cruzeiro Real também trouxe consigo a implementação da Unidade Real de Valor (URV), em 1994, uma moeda virtual que funcionava como um indexador para preços e salários. A URV foi fundamental para desacelerar a inflação gradativamente e habituar a população a um ambiente econômico mais estável antes da introdução de uma nova moeda.

Cédula Cruzeiros Reais, efígie de Gaúcho 1993

O Real (1994 – Presente): A Moeda da Estabilidade

Plano Real, liderado por Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, foi um pacote econômico detalhado e inovador que atacou as causas da hiperinflação em várias frentes. Antes do lançamento do Real, o governo introduziu a Unidade Real de Valor (URV), uma moeda virtual que atuava como um indexador para os preços e salários, desatrelando a inflação das transações do dia a dia. Isso permitiu que os preços se ajustassem gradativamente, criando uma base sólida para a transição para o Real.

Em 1º de julho de 1994, o Real foi oficialmente lançado, substituindo o Cruzeiro Real na proporção de 1 Real = 2.750 Cruzeiros Reais. A nova moeda foi projetada para ter um valor de referência próximo ao dólar americano, o que trouxe credibilidade internacional e fortaleceu o poder de compra da população brasileira.

O impacto do Real foi imediato. A inflação, que por décadas havia corroído a economia brasileira, foi drasticamente reduzida. As famílias voltaram a ter capacidade de planejamento financeiro, o comércio ganhou previsibilidade, e a economia começou a atrair investidores estrangeiros. O Real tornou-se um símbolo de estabilidade, encerrando décadas de hiperinflação que haviam atormentado o Brasil.

Tabela de conversão de valores do CR$ ao R$ divulgada em 1994

Apesar do sucesso inicial, o Real enfrentou desafios ao longo dos anos. Durante seu lançamento, a âncora cambial (que atrelava o valor do Real ao dólar) ajudou a conter a inflação, mas também gerou problemas, como o aumento da dívida externa e a dependência de capitais estrangeiros. Crises internacionais, como a crise asiática em 1997 e a crise da Rússia em 1998, pressionaram a moeda, levando o governo a adotar o regime de câmbio flutuante em 1999, no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.

O Poder de Compra do Real ao Longo do Tempo

Desde seu lançamento em 1994, o Real foi um marco na estabilização da economia brasileira, conseguindo controlar a hiperinflação que atormentava o país. No entanto, ao longo das décadas, o poder de compra do Real foi gradualmente corroído pela inflação acumulada. Para se ter uma ideia, em seus primeiros anos, R$ 100 eram equivalentes a cerca de US$ 100 – um reflexo da paridade inicial com o dólar. Hoje, em 2024, esse mesmo valor em reais compra menos de US$ 20, ilustrando a perda de poder aquisitivo ao longo de quase 30 anos.

Um exemplo concreto dessa desvalorização é a introdução da cédula de R$ 200, lançada em 2020 com a imagem do lobo-guará. A criação dessa nota foi motivada pela necessidade de facilitar transações em dinheiro diante de uma inflação (IPCA) que, acumulada desde 1994, supera 600% (segundo a calculadora do BC), isso significa que, em média, os preços de bens e serviços aumentaram em mais de 6 vezes ao longo desses 30 anos, o que aumentou a demanda por valores mais altos em espécie (dados calculados e divulgados pelo IBGE).

Na prática, os R$ 669,17 atuais têm um poder de compra semelhante ao que R$ 100 tinham na época de lançamento do Real em 1995, refletindo o impacto contínuo da inflação.

Cédula de 200 reais, Personagem Logo Guará 2020

Apesar da perda de poder de compra ao longo das últimas décadas, o Real ainda se destaca como um divisor de águas na história econômica brasileira, simbolizando um período de maior estabilidade em comparação às moedas anteriores. Sua implementação trouxe avanços significativos, permitindo um controle duradouro da inflação e promovendo maior previsibilidade econômica.

No entanto, para que o Real continue sendo relevante e preservando sua credibilidade, é fundamental que o país adote políticas econômicas robustas, focadas no controle da inflação, no fortalecimento do poder de compra e no estímulo ao crescimento econômico sustentável. Somente assim, o Real poderá continuar representando não apenas uma moeda, mas um símbolo de confiança e progresso para os brasileiros.

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Escritor por: Vanessa Monn
Coordenadora de Educação Financeira

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